
Por incrível que pareça eu necessitei de quatro investidas para terminar de assistir o "Fonte da Vida"(olhei à prestação), mas valeu a pena. O filme era bem o que eu esperava, ou seja, relata uma visão de "após a morte" que eu nunca tinha visto em nenhum tipo de mídia mas já havia raciocinado sobre ela e é bem diferente do que estamos acostumados a ver por aí e por isso deve ser assistido de mente aberta sem nenhum tipo de preconceito (ou pré conceito) pois ele mostra apenas uma opção de algo que nós não conhecemos: a morte. A história é bem complexa e começa na espanha do século XVI onde o conquistador Tomas (Hugh Jackman - X-Men Origens: Wolverine) é incumbido pela rainha (Rachel Weisz - A Múmia) de encontrar a fonte da juventude em terras do novo mundo, depois vem para o nosso tempo onde Tomas agora é Tommy Creo, um cientista que busca a cura para sua amada e por último, já em 2500, ele é uma espécie de "imortal-astronauta-budista-em vias de total iluminação", tudo isso ao mesmo tempo, pois o filme vai e volta nas eras várias vezes e é preciso um pouco de atenção para não se perder. A fotografia do filme é muito bela e a direção de Darren Aronofsky de "O Lutador" e "Requiem para Um Sonho" (dois filmes que eu admiro muito) não deixa nada a desejar. Resumindo é um filme indicado para quem quer levantar uma discussão filosófica sobre o tema de morte mas também pode ser visto por qualquer pessoa que queira ver um filme diferente.
Infelizmente não achei um trailer com legenda.
FICHA DO FILME
- Título original: The Fountain
- Diretor: Darren Aronofsky
- Elenco: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn
- Gênero: Drama
- Ano: 2006
- Cor: Colorido
- Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
- País: EUA
2 comentários:
Na verdade, "A Fonte da Vida" entra no gênero "épico sci-fi" - aquele subgênero que resgata a proposta original da ficção-científica: refletir sobre o papel do Homem no Cosmos, sua natureza e seu destino. Esta obra-prima de Darren Aronofsky levou 5 anos para ser realizada: sofreu cortes no orçamento e Brad Pitt, originalmente cotado para o papel de Tom/Thomas/Tomáz, pulou fora no meio do processo. Longe de se abater, Aronofsky tornou isso o trunfo do filme - tornou-o mais enxuto e direto.
O resultado é um filme que pode ser comparado à "2001 - Uma Odisséia no Espaço", com a diferença de que o nosso foco aqui é aquele sentimentozinho chamado "amor": afinal, ele realmente pode ser eterno? Por que tentamos amar, se fatalmente perderemos o objeto amado quando ele morrer? Ou será que realmente podemos perdê-lo? Se você procurar respostas para isso no filme, esqueça: o diretor/roteirista não as tem. Provavelmente ninguém tem. O que não quer dizer que não valha a pena parar para refletir sobre isso.
A trilha sonora do filme, composta pelo ex-vocalista da banda industrial Pop Will Eat Itself, Clint Mansell, e executada com uma beleza e um sentimento pungentes pelo Kronos Quartet com a banda de post-rock Mogwaii é um extraordinário bônus. Resta ver agora o que Darren Aronofsky aprontará com seu novo projeto, outra ficção-científica: a refilmagem do clássico "RoboCop", que sairá em 2011.
Êêêêêê, já estamos em 2012 - e a refilmagem de "RoboCop" recém começou a ser filmada, para ser lançada em 2013, com direção de José Padilha ("Tropa de Elite").
Como as coisas mudam. '_'
Postar um comentário