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terça-feira, 11 de maio de 2010

Filhos da Esperança - Children of Men

"Om mani padme hum" é um mantra budista que visa ajudar a atingir um nível mais elevado de espiritualidade e essa foi a frase que me chamou atenção em "Filhos da Esperança", pois no mesmo dia, antes de assitir ao filme eu estava pesquisando sobre o significado e as características desse mantra e, se não fosse por isso, eu não entenderia as palavras que certos personagens ficavam repetindo durante o filme.
Mas o filme não trata de elevação espiritual ou de mantras budistas, não exatamente, mas sim da história de Theo (Clive Owen) que, em um planeta Terra de 2027 onde as mulheres não mais podem ter filhos e a "criança" mais nova havia acabado de morrer aos 18 anos, tem a missão, incumbida por sua ex-esposa Julian (Julianne More), de levar uma refugiada para fora da Inglaterra a fim de protegê-la pois a jovem está está grávida e essa criança pode ser a única esperança da humanidade de não enfrentar a total extinção. Tal fato pode gerar um estrago imenso na sociedade se a gravidez de Kee (Claire-Hope Ashitey) vier à tona.
O filme é baseado no livro homônimo de P. D. James e é brilhantemente dirigido por Alfonso Cuarón. O que mais chama a atenção são as cenas de tomadas longas com a ausência de cortes como a da explosão do café, a viagem e ataque de carro e a incrível cena onde Theo tem que passar com Kee e seu rebento em meio à uma verdadeira guerra onde o sangue respinga na câmera e que deve ter uns dez minutos de duração. Resumindo, um fabuloso filme sobre a extinção da raça humana (toma 2012) que consegue fazer saltar em nossas mentes o fabuloso conjunto de palavras "E Se...?"
Ahhh, quem souber pode me dar uma força aí. Três questões ficaram no ar e, provavelmente, devem estar resolvidas no livro:

1 - Se a humanidade está tendo um déficit em sua população por que existem tantas revoltas?
2 - Por que tantas pessoas tentam se refugiar na Inglaterra?
3 - E por que os animais tem uma afinidade com Theo?

Veja também:

Sounds of Silence

Distrito 9

4 comentários:

Marguerita disse...

Não achei o blog da Premier!
vixiii, passa o link...
No mais, fomos pela Venatur que tem uma parceria com uma agência especializada de scs!
Super bacana mesmo!
Dani e eu recomendamos!
;)

Bjo

Gilberto Train disse...

Róbson, as mesmas perguntas (e outras mais) foram feitas a Cuarón, que respondeu o seguinte: "Existe um tipo de cinema que detesto, que é o cinema que é sobre exposição e explicações... Ele se tornou hoje o que eu chamo de uma mídia para leitores preguiçosos... O cinema é um refém da narrativa. E eu sou muito bom na narrativa como uma refém do cinema." Essa declaração foi feita em entrevista ao jornal "The Seattle Times", e a entrevista, na íntegra, pode solucionar algumas das suas dúvidas em relação à trama do filme: http://community.seattletimes.nwsource.com/archive/?date=20061222&slug=cuaron22

Em todo caso, se você faz questão de algumas respostas... Por que a Inglaterra? Porque, na geopolítica do futuro imaginado pela autora P.D. James, a Inglaterra é uma superpotência - teoricamente, portanto, ela é uma esperança de melhores condiçoes de vida. É o equivalente ao que fazem hoje muitos imigrantes ilegais que tentam entrar nos EUA pela fronteira com o México. Também é uma crítica da autora a mentalidade dos ingleses modernos em relação a imigração.

Por que as revoltas? Em primeiro legar, os direitos humanos foram para as cucuias há muito tempo. Verbas que seriam investidas no conforto da população foram todas voltadas para pesquisas sobre fertilidade. Segundo, a humanidade é uma raça à beira da extinção - portanto, uma psicose coletiva, induzida pelo medo e pavor da extinção, é uma possibilidade crível.

No fim, "Filhos de Esperança" é mais do que um exercício de futurâmica: é um filme sobre fé e esperança em um mundo à beira do abismo. Uma mensagem que - vamos fingir que não sabemos por quê... - me parece mais do que relevante hoje.

Robson Duarte disse...

Boa entrevista Gilberto(Whitney Houston, huahuahauh).

Mas e os animais?

baduljp disse...

Children of Men é um filme muito bom, história apocalíptica apresentada é apenas uma visão do que pode acontecer no futuro, porque dá taxa de natalidade está em declínio, por outro lado, eu me sinto ótimo trabalho Clive Owen, que é um grande ator e ele está mostrando na série em que o protagonista The Knick, a série é um pouco escuro, mas a história parece incrível e muito bem contada.

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