Contando a história de um cara chamado Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis - Oscar de Melhor Ator 2007) que após uma frustrada tentativa de garimpo de prata começa a investir em petróleo. Essa investida o leva para uma cidade chamada Little Boston junto com seu filho H.W., cidade essa que está sobre a influencia da Igreja da Terceira Revelação liderada pelo jovem e talentoso pastor Eli Sunday (Paul Dano de Pequena Miss Sunshine). É nessa cidade que os dois vão acabar se conhecendo e criando uma intrincada relação que é coberta de ódio, ganância e mentiras. Eu nem sei por onde começar, pois o filme é muito bom, vamos então pela interpretação dos atores que, de tão boa, vai servir de inspiração pra muita gente, tanto por Daniel "66 -I drink your milk-shake!" Day-Lewis como por Paul "Get out of here, ghost." Dano que são as melhores coisas do filme, depois vem o conjunto fotografia+cenário+figurino que ambienta o filme incrivelmente dando a impressão de que foi filmado em 1900 e por último, e não menos importante, vem a trilha sonora que dá um clima de insanidade e suspense que fecham a jogada. O que mais me chamou a atenção foram as falas Daniel, porque não dá pra saber se ele está gostando do que está dizendo, se está odiando, se está falando a verdade ou se está mentindo e elas ficam melhores ainda quando estão sendo ditas para Eli. Se você ainda não assistiu, põe na lista, se já, comente. Grande abraço, o CulturiFique vai ficando por aqui. Valeu.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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2 comentários:
Filmes que apresentam fotografia de boa qualidade sempre me interessam, seguirei a dica e assistirei com certeza!
A obra-prima máxima de Paul Thomas Anderson. É o que dá para dizer de "Sangue Negro". O diretor de "Magnólia" e "Embriagado de Amor" mergulha nas trevas do coração humano e volta com esse épico sobre ambição e solidão. "Sangue Negro" é certamente um dos melhores filmes de todos os tempos - tudo no filme é perfeito: a fotografia suja mas resplandescente de Robert Elswitt, a montagem veloz de Dylan Tichenor, a interpretação arrebatadora de Daniel Day-Lewis...
Ah, e o roteiro irrepreensível de Anderson - levemente inspirado no romance "Oil!", de Upton Siclair - que evita com habilidade os clichês, como o habitual contraponto entre dinheiro e religião. Na trama habilmente tecida pelo diretor, tanto Daniel Plainview quandto o pastor Eli Sunday são corruptos e imorais - Eli apenas esconde; já Plainview é sincero na sua ambição desmedida.
E Daniel Day-Lewis...? Você conhece algum ator que seja capaz de dizer: "Eu bebo seu milk-shake! Eu bebo seu milk-shake todinho!!!" e, com essa simples frase, soar mais ameaçador que Darth Vader, Hannibal Lecter, ou qualquer outro vilão da história do cinema? Pois Daniel Day-Lewis é. E, no entanto, ele evita demonizar Daniel Plainview, mostrando-o como uma homem que tem tudo e nada ao mesmo tempo. Por baixo da casca do homem de negócios bem sucedido e impiedoso, existe simplesmente um ser humano infeliz, ao qual sempre parece faltar algo.
A belíssima trilha musical é cortesia de Jonny Greenwood, guitarrista da banda Radiohead, que usou de toda sua formação musical para compôr uma pderosa sinfonia que bebe no atonalismo e na música erudita contemporânea de mestres como Arvo Pärt e Krzystof Penderecki. Para quem se dispôr a correr atrás da trilha sonora, músicas como "Open Spaces" e "Prospector's Quartet" são peças de uma beleza inegável. Por sinal, Thom Yorke não a única força criadora por trás do Radiohead, ao contrário do que afirma o senso comum.
"Sangue Negro" pode ser um filme longo - tem quase três horas de duração - e, em alguns momentos, pode ser até difícil para alguns segmentos de público. Mas é Cinema puro. Com "C" maiúsculo mesmo.
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